Conheça a escoliose idiopática e como ela afeta sua vida
A escoliose é um dos problemas de coluna mais conhecidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 6 milhões de brasileiros possuem a deformidade. As escolioses idiopáticas não possuem causa conhecida e se manifestam de forma espontânea. Geralmente são detectadas na adolescência, mas podem ser diagnosticadas desde a infância até a fase adulta. Estudos científicos apontam, no entanto, que a escoliose pode ter vínculo com o histórico familiar.
O que é?
A coluna vertebral do ser humano possui 33 vértebras e entre as suas principais funções está a locomoção, auxílio no movimento dos braços e pernas e também a proteção da medula espinhal. Quando não há rotação das vértebras, porém há desvio lateral da coluna, usa-se o termo coluna em atitude escoliótica. Além das escolioses idiopáticas, também existem outras doenças, como as escolioses congênitas e escolioses neuromusculares. Um médico especialista em ortopedia dará o diagnóstico exato para cada pessoa.
Causas
A escoliose idiopática não possui uma causa conhecida. Ao nascer, a coluna vertebral está alinhada e o desvio pode aparecer nos primeiros anos de vida ou, como é mais comum, no início da adolescência, entre 10 e 15 anos.
Entre as outras doenças, diferentes da escoliose idiopática, estão a escoliose congênita, que acontece pela má formação das vértebras da coluna durante a gestação e também a escoliose neuromuscular, resultado de problemas neurológicos ou musculares, que acabaram comprometendo nervos ou músculos, como paralisia cerebral, distrofia muscular, poliomielite e outros ou então quando há fratura na coluna e/ou lesão nos ossos.
Sintomas
No estirão da puberdade, como é conhecida a fase de crescimento rápido dos adolescentes, é que os sintomas costumam aparecer com mais frequência. A giba, está entre os sintomas mais perceptíveis, mas nem sempre a curvatura é notada nos estágios iniciais. Por isso é tão importante procurar um médico especialista em tratamento de coluna para diagnóstico e tratamento precoce.
Também existem casos onde um ombro fica mais alto que o outro, seios, caixa torácica, cintura ou ossos da bacia fiquem assimétricos e que haja até mesmo desconforto muscular, o que é raro. Apenas escolioses de alto grau, ou seja, acima de 45°/50° costumam gerar desconforto nas costas. Pessoas com escolioses menores de 45° geralmente possuem incômodo na mesma proporção de pessoas que não possuem escoliose. Como não é comum que o paciente sinta dor, a avaliação médica se torna ainda mais urgente se isso acontecer.
Diagnóstico
Má postura, mochilas pesadas e tempo excessivo no computador não causam escoliose. Do contrário, a escoliose pode ser justamente o motivo da má postura que a criança ou adolescente apresenta. O exame clínico com o especialista em coluna é essencial para um diagnóstico correto.
O paciente será examinado com cuidado em diferentes posições e muito provavelmente será submetido a exames radiológicos, antes de ser encaminhado para o tratamento de coluna. O Teste de Adams é um dos recursos utilizados para diagnóstico da escoliose. O exame é simples e dura poucos minutos. Com o tronco inclinado para frente, joelhos esticados, mãos e pés unidos, é possível identificar mais claramente os desvios da coluna.
Como o problema pode ser lento e silencioso no início, médicos especialistas costumam fazer testes junto aos exames de rotina, para ampliar as chances de diagnóstico precoce e devido tratamento. Crianças podem ser avaliadas em qualquer idade, desde a infância, dos 0 aos 3 anos, até o fim da adolescência.
Tratamento e prevenção
Cada tipo de escoliose será diagnosticado, acompanhado e tratado em suas particularidades. O tratamento depende de muitos fatores, como a causa (lembrando que no caso da escoliose idiopática não há causa conhecida), angulação, topografia, intensidade da dor e idade do paciente. Entre as opções de tratamento, além do acompanhamento constante na ortopedia, está o uso de órteses, como palmilhas e coletes específicos para cada caso, e também a cirurgia para alinhamento das vértebras. Medicamentos para melhora da dor, fisioterapia, RPG, pilates e yoga também podem ser métodos auxiliares no tratamento.
A escoliose pode se estabilizar ou progredir com o passar dos anos. O melhor tratamento será decidido em conjunto entre médico e paciente.
Qualquer pessoa, portadora ou não de problemas na coluna, deve cuidar da saúde vertebral. Fazer exames de rotina com especialistas, manter uma alimentação saudável, evitar o tabagismo, praticar exercícios e cuidar da postura são formas importantes de cuidar do corpo.
A grande maioria das escolioses idiopáticas não geram dificuldades no dia a dia, ou seja, é perfeitamente possível que a pessoa com escoliose tenha uma vida normal, com trabalho e prática de atividades físicas. Procure um médico ortopedista atuante em patologias da coluna vertebral para mais informações.